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Categoria: Artigo

30 de Novembro, 2022

Como colher sem semear?

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

 

Nos dias de hoje, vivemos cada vez mais a vida num ritmo acelerado, os meses passam, os dias correm, as horas voam e no final do dia existe uma necessidade de colher os resultados, para evitarmos aquela sensação que alguns de vós bem conhecem em que nos sentimos frustrados e inúteis, pois somos inundados por aquele pensamento que nos diz “não fiz nada do que queria e o dia já passou”!
A nossa realidade está cada vez mais direccionada para o imediatismo, para o que é rápido, fácil, sendo evidente a mudança que houve, por exemplo, nos hábitos alimentares onde o “fast food” passou a ser mais regra do que excepção! Estamos a viver tempos em que cada vez somos mais estimulados apenas pelo resultado final esquecendo os recursos e o percurso necessário à obtenção desse mesmo resultado!
Nas minhas sessões de Coaching faço questão de usar muitas vezes exemplos muito simples que temos no mundo à nossa volta e um deles prende-se com uma das grandes lições que podemos retirar da agricultura e que tem mais de 5 mil anos, “Só é possível colher depois de semear”! O nosso estilo de vida actual faz com que tenhamos perdido o contacto com este princípio básico da agricultura, pois quando vamos ao supermercado está tudo ali…tudo pronto a levar para casa!
A reflexão que hoje vos proponho tem a ver com o facto de nos estarmos cada vez mais a afastar da nossa capacidade de criar, de cuidar, de investir os nossos recursos mentais, a troco de soluções prontas que nada mais são do que uma breve sensação de resultado alcançado, mas que muitas vezes acabam por contribuir para aumentar a nossa frustração no longo prazo!
Qual é a sensação de preparar uma refeição para alguém e ouvir essa pessoa a dizer que estava óptimo? Qual a sensação de preparar uma festa para os amigos e depois ouvi-los dizer que foi espectacular? Qual é a sensação que sentem quando ouvem alguém a elogiar o vosso jardim ao qual dedicam o vosso tempo e atenção? O que vos quero fazer reflectir é sobre a diferença entre serem vocês os responsáveis por algo, ou simplesmente usarem esse algo, pois acredito que colher sem semear, mesmo que seja possível, não terá o mesmo sabor que uma colheita feita depois investirmos o nosso esforço, a nossa dedicação e o nosso recurso mais valioso, o nosso tempo!
Agora, olhem para a vossa vida e questionem-se sobre se estão a semear algo ou não, se estão a investir os vossos recursos, se estão a criar algo, ou se simplesmente estão à espera de colher, estão à espera…de algo que vá mudar as vossas vidas!
Sejam os jardineiros da vossa vida, semeiem nela as flores que querem ver nascer, cuidem do vosso jardim mesmo nos dias de trovoada e de muito calor, nos dias em que estão cansados e sem vontade, pois não basta semear, é preciso cuidar para que no final obtenham o que realmente desejam para a vossa vida!
Porque a vida pode ser aquilo que quisermos que ela seja!

30 de Novembro, 2022

Multitarefa? Será mesmo possível?

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

 

Será mesmo possível sermos pessoas de multitarefas? Será que conseguimos mesmo fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo? Será que algumas pessoas são mais capazes porque o conseguem fazer? Este é um tema muito interessante e sobre o qual hoje vos gostaria de trazer alguma reflexão!
Nos dias que correm cada vez é mais importante, especialmente a nível profissional, sermos o mais produtivos possível no nosso dia-a-dia, pois o tempo é cada vez mais curto para a enorme quantidade de tarefas e temas que temos de dar a nossa atenção! Como tal há pessoas que treinam a sua capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo por forma a conseguirem lidar com os seus afazeres!
Existe na sabedoria popular de algumas pessoas a crença de que as mulheres conseguem fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo e os homens nem tanto e quer acreditem ou não essa é uma ideia que tem ainda muita força e que faz com que por vezes algumas pessoas se sintam “inferiores”, quando não conseguem fazer mais do que uma tarefa ao mesmo tempo!
Do muito que já li sobre este tema, a questão da multitarefa não existe de facto, mas o que existe sim, é que algumas pessoas conseguem mudar o seu foco de atenção com tal rapidez que parece que estão a fazer várias coisas ao mesmo tempo! Imaginemos um computador onde no ecrã existem várias janelas abertas de vários programas ao mesmo tempo! Cada janela pode ser comparada com uma tarefa que nós temos de fazer e assim como no nosso computador, há janelas que podem estar a “correr” um programa sem necessidade constante da nossa atenção, mas a maior parte dessas janelas necessitam da nossa atenção a 100%! Quando nós fazemos ALT+TAB (já agora deixo uma dica para mudar entre janelas no nosso PC) o que estamos realmente a fazer é a mudar o foco de atenção para outra tarefa, mas continuamos a executar apenas uma tarefa de cada vez!
É verdade no entanto que há momentos do nosso dia em podemos ser multitarefa, como por exemplo nos momentos em que vamos a conduzir para o trabalho e ao mesmo tempo estamos a ter uma interessante conversa com a pessoa que vai ao nosso lado no carro! Isto apenas acontece porque a tarefa de conduzir já está automatizada e como tal já não necessita da nossa atenção constante, mas se por acaso a meio da viagem o carro da frente faz uma travagem brusca, vocês “cortam” a conversa que estavam a ter e focam toda a vossa atenção na condução!
A verdade é que manter a atenção em qualquer tarefa é sinónimo de esforço e apesar de por vezes esse esforço até ser prazeroso, a verdade é que na maior parte das vezes não o é e por isso se torna tão difícil focarmo-nos numa só tarefa! O interessante é que se nos tornarmos “multitarefas” isso pode, para algumas pessoas, ser uma verdadeira fonte de prazer pois assim podem ir variando a sua atenção entre tarefas e evitarem ficarem aborrecidas com o que estavam a fazer!
Com tudo isto, aquilo que vos gostava de deixar hoje é que todos nós temos um potencial enorme para sermos altamente produtivos no nosso dia-a-dia e quer seja com “multitarefa” ou com “monotarefa”, o importante é que nos conheçamos para perceber o que faz sentido para nós, pois a verdade é que apenas cada um pode saber de facto o que resulta melhor para si!
Porque a vida pode ser aquilo que quisermos que ela seja!!!

10 de Abril, 2021

Decisões! Porque é tão difícil?!

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

 

Tenho de tomar uma decisão! O que devo fazer? Qual a melhor decisão a tomar?

Muitos de nós já nos deparamos com estas perguntas na nossa cabeça sobre uma qualquer decisão que tivemos de tomar na nossa vida e na maior parte das vezes é um processo difícil que nos desgasta bastante, pondo em risco o nosso bem-estar emocional e reflectindo-se no nosso comportamento, nem sempre de forma muito positiva!

O processo de decisão dentro do nosso cérebro é bastante interessante e quem de vós já estudou um pouco sobre o cérebro e a mente humana, sabe o quão complexo pode ser o processo de decisão, sendo ao mesmo tempo de uma simplicidade fantástica! Mas então porque em certos momentos da nossa vida temos tanta dificuldade em decidir? E porque é que umas pessoas tomam decisões com tanta facilidade e para outras é tão difícil decidir?

Vamos então perceber de forma simples como funciona o processo de decisão! 

Ao longo da nossa evolução enquanto espécie, fomos desenvolvendo uma “ferramenta” fantástica que em grande parte se tornou responsável pelo nosso sucesso evolutivo e essa “ferramenta” é aquilo a que nós chamamos Consciência! É o facto de termos consciência da nossa vida que faz com que muitas vezes certas decisões que tem de ser tomadas se tornem numa autêntica novela, com demasiados episódios e que nos levam a um desgaste terrível! É por termos consciência que fica tão difícil decidir, pois sabemos que a decisão implica ter de escolher entre duas ou mais coisas, entre dois ou mais cenários possíveis e por isso decidir pode por vezes ser um processo muito penoso!

Segundo Maslow, um famoso psicólogo americano, todos nós temos necessidade de certeza na nossa vida, razão pela qual se torna tão difícil decidir, afinal antes de decidirmos gostaríamos de ter a certeza que a nossa decisão é a melhor e a mais acertada! Mas será isso possível? Seremos capazes de conseguir ter a certeza da nossa decisão antes de a tomarmos? A resposta é SIM e NÃO! Confusos? Eu ajudo…

Da minha experiencia enquanto Coach, aquilo que me tenho apercebido e experienciado é que o processo de decisão é tão mais difícil quanto menor for a autoconfiança da pessoa que está a decidir! Outra das coisas que também é muito comum acontecer é a falta de informação que pode ajudar no processo de decisão, pois muitas vezes tomamos decisões sem ter qualquer informação que nos ajude a perspectivar os cenários possíveis da nossa decisão! Além disto, existe também outra coisa que dificulta e muito as nossas decisões, a nossa expectativa face ao resultado da nossa decisão, pois colocamos o sucesso da nossa decisão exclusivamente no resultado que queremos obter!

Em resumo, sempre que tiverem que tomar uma decisão na vossa vida tenham atenção a estas questões:

  1. Lembrem-se que todos nós temos necessidade de certeza, mas a única certeza que podemos ter numa decisão, é que temos mesmo de decidir! A pior decisão é não decidir nada!
  2. Informação! Procurem o mais que vos for possível toda a informação que vos possa ajudar a decidir, para se sentirem mais seguros na vossa decisão!
  3. Expectativas, não vivemos sem elas, mas cuidado quando elas tomam conta da nossa decisão, pois isso pode levar a uma grande frustração! 
  4. E por fim…autoconfiança! Se confiarem em vocês, se acreditarem em vocês, tenho a certeza que a vossa decisão será sempre a melhor no momento que a tomarem!

Então com um pouco mais de consciência sobre o vosso processo de decisão, percebem agora que não podemos ter a certeza do resultado final da nossa decisão, mas podemos ter a certeza que a nossa decisão foi a melhor que podíamos ter tomado se tivermos em atenção os 4 pontos que referi!

Desejo-vos uma vida cheia de decisões, pois esse é um dos sinais que estamos de facto a viver a nossa vida e a escolher aquilo que pensamos ser o melhor para nós! 

Porque a vida pode ser aquilo que nós DECIDIRMOS que ela seja!

24 de Fevereiro, 2021

Dor, o passado do Prazer!

Vivemos cada vez mais numa sociedade com uma cultura da procura pelo prazer imediato, pelo que nos faz sentir bem no momento presente, ou pelo menos nos cria essa ilusão! A verdade é que nas últimas décadas muita coisa mudou e hoje a maioria das pessoas tem cada vez mais dificuldade em lidar com a dor na sua vida, seja
ela de que espécie for! É claro que algumas dessas dores serão a maioria das vezes difíceis de lidar, como por exemplo a perda de alguém que nos é muito próximo!

2 de Novembro, 2020

Culpa ou RESPONSABILIDADE?

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

 

Temos a RESPONSABILIDADE de assumir a nossa Culpa e devemos sentir-nos Culpados, se não assumirmos a RESPONSABILIDADE da nossa Vida!


Talvez a frase anterior vos possa parecer confusa, mas para mim é a forma como eu olho para estas duas palavras, Culpa e RESPONSABILIDADE! Nos dias que correm somos inundados de Culpa por tudo e mais alguma coisa e a maior parte dessa emoção sentida por nós, tem a ver com algo que somos ou devíamos ser, por algo que fizemos ou que não fizemos, ou por algo que queríamos ter e não temos! A Culpa é uma emoção que nos pode ajudar, mas apenas se a conseguirmos aceitar ao invés de a querer “despejar” nos outros, pois é mais fácil culpar os outros do que assumir a RESPONSABILIDADE da nossa Culpa.


Cada vez mais as pessoas estão a fugir à RESPONSABILIDADE, pois com a RESPONSABILIDADE vem a necessidade de decidir algo e assumir as consequências dessa decisão e é aqui que muitas vezes surge a Culpa, pois culpamo-nos do resultado ou da falta dele em função da nossa decisão! Sentir Culpa, é sentir uma emoção a inundar o nosso corpo, é sentir um desconforto que nos pode levar a diferentes caminhos, mas pode ser também o começo de uma mudança maravilhosa! Ao meu olhar, a Culpa tem como principal função, fazer-nos parar para pensar, para reflectir no que fizemos, pois se estamos a sentir Culpa, algo não correu conforme as nossas expectativas e é por isso altura de fazer um balanço sobre o que fizemos bem e o que precisamos de melhorar ou fazer diferente!


É aqui que entra a RESPONSABILIDADE, é aqui que podemos seguir caminhos diferentes, é aqui que alguns de nós se afogam em Culpa e desistem dos seus sonhos e outros assumem de frente a sua RESPONSABILIDADE e usam a Culpa para lhe dar o empurrão que precisavam! Assumir a RESPONSABILIDADE é aceitar que somos donos do nosso destino, que somos donos das nossas decisões e que se a Culpa não existisse seria muito mais difícil sabermos qual o caminho que temos de tomar, pois se a Culpa aparece, é apenas um alerta para mudar de direcção ou de visão!
Quero aqui deixar bem sublinhado, que assumirmos a RESPONSABILIDADE da nossa vida é um processo duro e que pode levar o seu tempo, pois muitas vezes temos de trabalhar um conjunto de crenças interiores que nos impedem de viver a vida que queremos viver! Da mesma forma, assumir a Culpa na nossa vida é um processo desafiador, pois é muito fácil cedermos à tentação de culpar o mundo pelo que nos acontece!

 

Deixo-vos estas duas situações para reflectir!


“Se no meu trabalho o meu chefe é um problema, pois está sempre mal disposto e só me critica, a Culpa de eu não sentir bem no meu local de trabalho é de quem?” A tentação é colocar a Culpa no vosso chefe pois não é o exemplo que vocês desejam ter, mas se assumirem a RESPONSABILIDADE da vossa vida, vão perceber que quando  colocamos a Culpa nos outros, estamos apenas a fugir à nossa RESPONSABILIDADE!
“ Se me estou a sentir mal no meu trabalho, pois fiz uma tarefa em que o resultado não correu como esperado e o meu chefe disse que a Culpa era minha, mas a Culpa é dele porque não me explicou bem! Afinal de quem é a Culpa?” Assumam a vossa Culpa, assumam que talvez pudessem ter feito um esforço para perceber melhor, ou que talvez pudessem ter perguntado e depois transformem a Culpa em RESPONSABILIDADE e façam o melhor que estiver ao vosso alcance para obter o resultado pretendido!


Culpar os outros de nada serve! Culparmo-nos de tudo e nada fazer, só piora!
Mas se quisermos usar a Culpa, para nos levar à RESPONSABILIDADE da nossa vida…ai sim, a Culpa está a cumprir o seu propósito!


A nossa grande RESPONSABILIDADE é viver a vida que queremos viver e se não a estamos a viver, então a Culpa é apenas nossa!


Por isso deixo-vos o desafio, Responsabilizem-se mais, Culpem-se menos e talvez os resultados da vossa vida se tornem bem mais gratificantes!

28 de Setembro, 2020

Querer crer!

Temos a RESPONSABILIDADE de assumir a nossa Culpa e devemos sentir-nos Culpados, se não assumirmos a ESPONSABILIDADE da nossa Vida!

23 de Julho, 2020

Humil…dade Ou hação

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

Quando olho para o meu passado recordo vários momentos em que tive muita dificuldade em perceber e aceitar a diferença entre estas duas palavras que tem um início comum…Humildade ou Humilhação! Hoje, enquanto Coach, percebo o quão fácil é confundirmos estas duas palavras e como o seu impacto em nós pode mudar radicalmente a nossa vida!

A palavra Humildade, segundo o dicionário, significa “qualidade de quem reconhece os próprios erros” e a palavra Humilhação significa “ato de tratar alguém com desprezo”! No entanto a palavra Humildade, representa para muitas pessoas, pobreza, ou inferioridade e talvez por isso tenhamos tanta dificuldade em sentirmo-nos humildes.

O que agora vos desafio a fazer é a reflectir sobre estas duas palavras e como nós escolhemos em diferentes momentos da nossa vida, usar uma ou outra! Quantas vezes se sentiram humilhados, ou seja, quantas vezes sentiram que alguém vos estava a tratar com desprezo, que estava a ter com vocês uma atitude que vos levou a sentirem-se humilhados? E humildes, quantas vezes se sentiram humildes, ou seja, quantas vezes reconheceram os vossos próprios erros, quantas vezes aceitaram que podiam ter feito algo diferente?

Estas duas palavras já me fizeram reflectir bastante em vários momentos da minha vida, especialmente a partir do momento em que decidi dedicar a minha vida a ajudar outras pessoas a obterem os melhores resultados possíveis para as suas vidas enquanto Coach! É de facto impressionante a capacidade de escolha que o ser humano tem à sua disposição, pois perante a mesma situação podemo-nos sentir humildes, ou humilhados e o efeito que isso terá na nossa vida fará toda a diferença!

Se naquela conversa, com aquela pessoa, em que ela me disse aquilo que me fez sentir humilhado, eu tivesse escolhido sentir-me humilde e simplesmente tivesse aceitado as palavras dela, mesmo que não concordasse? E se naquele dia, em que o meu chefe me chamou a atenção à frente de toda a equipa, ao invés de eu me sentir humilhado, eu me tivesse sentido humilde? Como é que a minha vida seria diferente?

Humildade e Humilhação até podem ser palavras parecidas, mas o seu impacto na nossa vida é completamente diferente e cabe-nos a nós, escolher qual delas eu quero sentir nos diferentes momentos da nossa vida! É bom entendermos que ser humilde não é concordar com tudo o que nos dizem ou fazem, é simplesmente aceitar que o outro pode ser diferente, pode ter a sua opinião e visão daquele momento, sem que eu me sinta atacado, sem que eu me sinta inferior, sem que eu me sinta humilhado!

Quanto tomamos consciência da diferença entre estas duas palavras, podemos ganhar um outro olhar sobre alguns momentos da nossa vida, podemos passar a decidir diferente e quando decidimos diferente, obtemos resultados diferentes!

Da próxima vez que sentires a Humilhação a tomar conta de ti, pára, analisa esse momento e pergunta a ti próprio, e se eu escolher sentir Humildade?

A nossa vida é diariamente composta por um conjunto de escolhas que fazemos e são essas escolhas que ditam os resultados que obtemos, por isso deixo-vos aqui o desafio, experimentem a sentir mais vezes Humildade na vossa vida e talvez possam ficar surpreendidos com os resultados que poderão obter!

16 de Julho, 2020

O poder da caneta

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

Ao longo da experiência que fui adquirindo enquanto Coach e Consultor, deparei-me que a maior parte dos meus clientes não estava familiarizado com aquilo que eu chamo o “Poder da Caneta”! Trata-se de um poder que está ao alcance de todos, mas que poucos ousam em possuir, pois como diz a frase “com o grande poder, vem a grande responsabilidade”, e a verdade é que a maior parte das pessoas foge da responsabilidade “como o Diabo foge da Cruz!”

Este poder que eu atribuo à caneta está simplesmente relacionado com a pequena grande diferença, que faz escrevermos ou não aquilo que queremos para a nossa vida! Já perdi a conta, ao número de vezes que em conversa quer a nível profissional, quer a nível pessoal ouvi esta expressão…”eu sei bem o que quero e está tudo aqui na minha cabeça!” O problema desta expressão é que a nossa cabeça está constantemente a ser tomada de nova informação e aos dias de hoje a informação que temos de gerir é absolutamente gigantesca, pois somos “bombardeados” a toda a hora com os mais diferentes estímulos e informações!

Mas para usar este poder, é preciso prática, é preciso insistir e persistir pois das primeiras vezes que nos deparamos com uma folha em branco à nossa frente e uma caneta na mão, é natural que surja uma sensação de desconforto pois temos dificuldade em saber o que escrever e aí só há uma forma de começar…começando! Escrevam aquilo que vos fizer sentido, escrevam o vosso objetivo, escrevam os passos necessários à concretização desse objetivo, escrevam o que vão sentir quando concretizarem o objetivo, permitam-se a tornar pensamentos em realidade, ideias em planos definidos e vão, aos poucos, começar a tomar consciência do “Poder da Caneta”!

Agora desafio-vos a utilizarem este poder que todos nós possuímos, mas que são poucos os que se atrevem a usar, pois é sempre mais fácil dizer que não tenho jeito, que não preciso disso ou que não tenho tempo! A escolha é vossa e a vida também, por isso façam as vossas escolhas e decidam o que querem da vossa vida, mas quer acreditem ou não, o “Poder da Caneta” poderá ser-vos muito útil se assim o decidirem!

Experimentem e depois avaliem o resultado…

 

 

 

 

9 de Junho, 2020

O Salto…para a acção!

Faz hoje, dia 9 de Junho de 2020, um ano que tive uma das experiencias mais fantásticas da minha vida, fiz um salto Tandem, a 4200m de altura! A experiência do salto em queda livre é talvez uma das melhores situações que descreve muitos momentos da nossa vida e explica bem como os nossos medos nos podem impedir de avançar.

Para fazer um salto destes, qualquer pessoa saudável está apta a fazê-lo, mas no entanto apenas uma pequena percentagem tem a necessidade, coragem ou curiosidade para embarcar nesta experiência. Depois de decidirmos que vamos fazer, vai um grande passo até ao momento de comprar o salto e aqui entra uma das principais inimigas do fazer, a procrastinação, pois da decisão até à acção vai por vezes um enorme caminho que teimamos muitas vezes em não percorrer!

Após termos comprado o salto, marcamos o dia e começa a contagem decrescente…. Os dias passam e quando chega o dia, começa-se a instalar um nervoso miudinho, aquele medo que nos faz questionar tantas e tantas coisas e instala outra das inimigas do fazer, a dúvida do ser capaz! As horas vão passando e depois de chegarmos ao local onde vamos saltar, começamos a ser inundados de sentimentos, um misto de excitação e angustia, uma vontade enorme de experimentar, mas um receio inato que corra mal!

Então chega o momento em que ouvimos o nosso nome para nos irmos equipar e aí o coração começa a bater mais depressa…a ansiedade começa a tomar conta do nosso corpo. É neste momento em que o medo do desconhecido toma conta do nosso corpo, o medo do que aí vem e como será…mas ainda controlamos a nossa aparência e fazemos um esforço para parecer que está tudo bem, para nos fazermos acreditar que está tudo bem.

E agora…chega o momento…vamos entrar para o avião…agora já não há volta.

O avião começa a subir, o barulho é imenso, o chão começa a ficar cada vez mais longe, o ambiente começa a ficar mais tenso, as caras começam a fechar-se e o medo instala-se naqueles que vão pela primeira vez “dar o salto”!

Então a porta do avião abre!!! É agora…todo o nosso corpo grita, é um misto de medo, ansiedade, pânico e a adrenalina dispara para níveis incríveis! O instrutor manda-nos avançar até à porta e colocamo-nos de joelhos mesmo em frente à porta…a 4200m do chão!! A nossa zona de conforto está tão, tão distante e à nossa frente temos uma viagem a 200km/h que não fazemos ideia de como será!!!…De repente…saltamos!!!

É uma sensação brutal, o medo transforma-se em pânico, é tudo novo e não fazemos a menor ideia de como o nosso corpo e a nossa mente têm de reagir…e então…é incrível…o pânico transforma-se em pura adrenalina e começamos uma viagem de 40 segundos simplesmente indiscritível! O desconhecido torna-se realidade e agora já não há medo… estamos apenas a viver o momento!

Então o paraquedas abre-se, sentimos uma enorme travagem, o barulho ensurdecedor desaparece e instala-se uma calma desconcertante! O turbilhão de emoções já passou e agora começamos a usufruir da fantástica vista…começamos a disfrutar o sabor daquele momento em que dizemos a nós próprios…eu fui capaz!

A viagem com o paraquedas aberto, tem ainda alguns momentos de emoção forte, mas agora já temos a certeza instalada em nós que vamos aterrar, que vamos chegar à segurança de sentir os pés em chão firme e que depois da queda livre…somos capazes de aguentar tudo!

Aterramos…sentimos uma explosão de emoção, um grito dentro de nós a dizer “eu consegui” e agora já não existe medo, pânico, ansiedade, incerteza…nada! Agora percebemos que somos capazes de tudo, uma calma brutal mistura-se com uma adrenalina enorme e percebemos naquele momento que a vida é o que nós decidimos que ela seja…pois todos nós podemos “Saltar”, mas só alguns se atrevem a viver o momento!!

Esta experiencia, para mim, descreve muito bem como nos sentimos quando temos de enfrentar algumas situações na nossa vida e a melhor aprendizagem que retirei deste “Salto”, foi que quando eu quero realmente uma coisa, eu consigo!

Na altura em que fiz este salto, eu queria mudar a minha vida profissional, queria deixar de trabalhar e puder dizer que o que faço, faço com paixão, faço porque quero e sou imensamente feliz a fazê-lo! Passado um ano, aqui estou eu, a fazer o que me apaixona, a fazer porque quero fazer, a ter o imenso privilégio de ajudar as pessoas que me procuram a alcançar aquilo que elas querem para a sua vida, aquilo que as faz feliz!

Esta foi a minha experiência e quis partilha-lha convosco, pois muitas das sensações que descrevi, voltei a senti-las durante este ano enquanto cumpri a frase que gritei a plenos pulmões ao chegar ao chão…”EU VOU MUDAR A MINHA VIDA!!!”…e mudei!

O Salto pode ser aterrador, mas quando o aproveitamos, torna-se fantástico!

A Vida é fantástica, mas se não a aproveitarmos, pode-se tornar aterradora!

 

Contem comigo e dêem o “Salto” na vossa vida!

 

30 de Maio, 2020

Nem sempre o que parece é!

Antes de entrar no tema deste artigo, permita-me agradecer-lhe o tempo que está a investir nesta leitura! Não sei se fará sentido para si o que de seguida vou escrever, mas de uma coisa tenho a certeza, se assim o decidir, talvez este texto o possa ajudar a conseguir olhar de forma diferente para o seu futuro e o que pode fazer com ele! Porque “Loucura? Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”!

A frase que dá nome a este artigo é também um provérbio popular da nossa cultura e existe uma sabedoria interessante por detrás destes velhos ditos populares!

Hoje venho trazer-vos uma explicação lógica que pode ajudar a dar-vos uma outra perspectiva sobre este provérbio popular baseando-me numa experiência feita que ficou conhecida como a Ilusão de Muller- Lyer, em homenagem ao psiquiatra que a desenvolveu em 1889.

Esta ilusão óptica ilustra-se abaixo e podemos ver duas linhas rectas (A e B) com ângulos diferentes nas suas extremidades.

Talvez alguns de vós já conheçam esta ilusão, mas quer a estejam a ver pela primeira vez, ou não, qual a recta que vos parece maior?

Como já referi, este exercício trata-se de uma ilusão óptica, mas a verdade é que para muitos de nós, a recta B dá a ideia de ser mais comprida do que a recta A, no entanto a verdade é que as duas possuem igual comprimento! Tomei contacto com esta ilusão num livro bastante conhecido que aborda vários conceitos sobre a nossa maneira de pensar e sobre os quais será interessante nós reflectirmos!

O interessante deste tipo de ilusões, é que mesmo sabendo que ela é uma ilusão, há uma parte de nós que “teima” em querer acreditar nessa ilusão sendo necessário um esforço consciente da nossa parte para aceitarmos os factos conhecidos! E é aqui que eu pretendo trazer ao texto uma breve reflexão sobre algumas questões da nossa vida quotidiana, pois quantas vezes acreditamos naquilo que vemos ou ouvimos sem que tenhamos o devido cuidado racional em analisar a questão? Em quantas “verdades” nós acreditamos ao longo da nossa vida, apenas baseados na ilusão do que vemos ou ouvimos “à primeira vista”?

O conceito que aqui quero deixar é apenas uma versão mais racional do título deste artigo, “Nem sempre o que parece é”, pois aquilo que a Ilusão de Muller- Lyer evidência é a nossa tendência quase instintiva a muitas vezes acreditarmos apenas na primeira imagem que criamos acerca de algo, tendo depois muita dificuldade em aceitar que podem existir outras informações que estejamos a ignorar!

Este facto que tem origem no nosso lado mais automático, remonta aos nossos antepassados pré-históricos, pois estamos programados para aceitar com facilidade aquilo que o nosso instinto nos dita, desde que faça sentido de acordo com nosso modelo do mundo, poupando assim preciosos recursos energéticos que seriam necessários para o nosso cérebro estar constantemente a analisar ao detalhe todas as nossas intuições!

Será pouco provável que a partir de agora, mesmo sabendo desta ilusão, voltem a olhar para as linhas rectas e o vosso instinto vos diga que ambas são iguais, da mesma forma que é pouco provável que passem a olhar para as situações da vossa vida sempre de uma forma racional e sem se deixarem influenciar pelo vosso instinto, mas se depois de lerem este artigo ficarem um pouco mais conscientes e flexíveis de que nem sempre o que parece é, estão um pouco mais perto de atingirem os resultados que pretendem para a vossa vida, pois talvez um dos mais importantes passos na resolução de qualquer problema, seja tomar consciência desse mesmo problema e depois procurar as soluções que muitas vezes nem sempre parecem existir…mas existem!